O bruxismo do sono é um transtorno funcional, caracterizado pelo apertamento e/ou esfregamento dos dentes durante o período do sono, com sobrecarga sobre a musculatura mastigatória, elementos dentários e ATM, sendo responsável por desgastes do esmalte, lesões teciduais e periodontais, além de disfunção da articulação temporomandibular, quando as forças exercidas sobre ela, ultrapassam a capacidade de resistência por parte do sistema.
Sua prevalência é igual em ambos os sexos, variando de 3 a 20% na população em geral, e vem aumentando na faixa etária entre 15 e 27 anos.
Caracteriza-se por movimentos involuntários, periódicos e repetitivos de apertar e esfregar os dentes, decorrente da contração rítmica dos músculos da mastigação, em especial o Masséter. Essa atividade parafuncional noturna é responsável por barulho característico, relatado, na maioria das vezes pelos cõnjuges ou por parentes que dormem no quarto ao lado do paciente.
Pode ser classificado como Primário, quando não está atrelado a nenhuma causa médica evidente e Secundário, quando vem associado a um transtorno clínico, neurológico ou psiquiátrico.
Devemos ficar atentos ao uso de certas substãncias como cafeína em altas doses, antidepressivos e antipsicóticos, que podem disparar o apertamento dentário durante o sono. Fumantes apresentam risco aumentado em duas vezes de desenvolverem BS.
Muitas vezes, os sintomas ligados ao BS vão se tornando intensos durante a vida do portador, sendo necessário a busca pelo profissional para tratamento. Os mais comuns são: dores de cabeça, dores faciais temporais, travamentos mandibulares, cliques na abertura e fechamento da boca, tontura e zumbido nos ouvidos, dor na mastigação.
O sinal clínico mais importante em casos avançados de bruxismo, é o desgaste dentário, muitas vezes acompanhado de sensibilidade e dor.
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